20/11/2024
As manias são comportamentos repetitivos comuns na infância, sendo muitas vezes ignoradas ou subestimadas pelos pais. No entanto, quando se tornam intensas ou frequentes, esses hábitos podem exigir uma atenção especial. Entre os comportamentos mais comuns estão roer unhas, balançar os pés, morder objetos e até rituais antes de dormir. “Entender o que leva a criança a desenvolver uma mania é um passo importante para ajudar na superação desses hábitos", afirma Fábio Augusto de Oliveira e Silva, diretor geral do Colégio Anglo Itu.
As manias podem surgir em diferentes fases da infância e geralmente se manifestam como uma resposta a emoções que a criança ainda não consegue expressar verbalmente. Muitas vezes, elas aparecem em situações de ansiedade, tédio ou até mesmo alegria. Por exemplo, uma criança pode ter o hábito de organizar seus brinquedos de forma específica quando está se sentindo insegura, ou balançar os pés de forma constante quando está assistindo TV. Essas ações são realizadas de forma inconsciente e trazem uma sensação de conforto momentâneo para a criança.
Uma das principais preocupações dos pais é saber quando uma mania infantil pode representar um problema. Em muitos casos, as manias são inofensivas e fazem parte do desenvolvimento emocional da criança, funcionando como uma maneira de lidar com sensações novas e desafiadoras. No entanto, é fundamental estar atento se o comportamento começar a interferir nas atividades diárias ou se a criança demonstrar sinais de sofrimento ao tentar parar a mania. Quando isso ocorre, é importante considerar a possibilidade de buscar orientação de um profissional de saúde mental, como um psicólogo especializado em desenvolvimento infantil.
Distinguir uma mania de um tique nervoso também é essencial para o manejo adequado. Enquanto as manias são hábitos que a criança adota para se sentir segura, os tiques geralmente são movimentos involuntários, como piscar repetidamente ou mexer de forma abrupta uma parte do corpo. Essa diferenciação é importante, pois o tratamento e a abordagem de um tique são diferentes dos cuidados com uma mania. “Observar o comportamento da criança e compreender o contexto em que ele aparece é crucial para oferecer o apoio necessário", destaca Fábio Augusto de Oliveira e Silva.
O que fazer quando a mania persiste? Antes de tentar eliminar o comportamento, é essencial que os pais busquem entender sua origem. As manias muitas vezes refletem uma tentativa da criança de lidar com emoções complexas, como medo ou ansiedade. Ao invés de repreender a criança, os pais devem oferecer apoio e paciência. Conversar sobre as emoções, propor atividades que desviem a atenção e criar um ambiente acolhedor são estratégias que podem ajudar a reduzir a intensidade desses comportamentos.
Em situações onde a mania afeta significativamente a rotina da criança, como no caso de manias mais graves associadas ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), é importante procurar a orientação de um profissional de saúde mental. O TOC pode se manifestar com manias incapacitantes, como a necessidade de realizar checagens repetidas ou rituais que consomem muito tempo. Neste contexto, o suporte especializado pode ajudar a criança a desenvolver formas mais saudáveis de lidar com suas emoções e preocupações.
Em resumo, as manias infantis fazem parte do desenvolvimento emocional e muitas vezes desaparecem naturalmente conforme a criança cresce e desenvolve maior autocontrole. A observação atenta dos pais, associada a um ambiente de diálogo e compreensão, é a chave para lidar com esses comportamentos de forma positiva. Ao fornecer o suporte necessário, é possível ajudar a criança a superar suas manias e encontrar novas maneiras de expressar suas emoções de forma saudável. Para saber mais sobre Mania, visite https://lunetas.com.br/manias-das-criancas/ e https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/08/manias-rituais-e-tiques-na-infancia-quando-e-preciso-se-preocupar.htm