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 Medos silenciosos que moldam a rotina de muitas mães

Decisões maternas influenciadas pelo medo cotidiano

05/05/2025

Quando uma mãe decide não deixar o filho na aula de natação por receio de acidentes, ou desiste de voltar a trabalhar fora por medo de ser julgada, o que parece apenas uma escolha prática pode estar, na verdade, ancorado em um sentimento profundo de insegurança. O medo acompanha muitas mulheres em diferentes fases da maternidade e influencia diretamente decisões que afetam a família, a carreira e a saúde emocional.

Esse medo raramente é irracional. Ele nasce de responsabilidades reais e de uma cobrança social intensa. O receio de não proteger o filho o suficiente, de não perceber sinais de sofrimento infantil, ou até de ser mal compreendida por outras mães, profissionais ou familiares, gera tensão constante. E, mesmo quando a mulher tem suporte familiar, muitas vezes falta espaço para dialogar sobre essas angústias.

A maternidade ainda é cercada por expectativas irreais. Muitas mães se sentem obrigadas a acertar sempre, e isso faz com que decisões simples do dia a dia se tornem pesadas e gerem sofrimento”, destaca Fábio Augusto de Oliveira e Silva, diretor geral do Colégio Anglo Itu, no interior de São Paulo.

Essa pressão constante pode transformar tarefas corriqueiras em dilemas desgastantes. Qual a melhor hora de voltar a trabalhar? Como escolher uma escola com confiança? Até que ponto ser firme ou flexível com a criança? O medo de errar, muitas vezes, paralisa. E essa paralisia não se manifesta apenas na incerteza: pode surgir como irritação, isolamento, cansaço extremo ou sensação de estar perdida.

Em contextos mais vulneráveis, os medos se agravam. O temor de perder o emprego, não dar conta das despesas ou enfrentar julgamentos por precisar de ajuda psicológica transforma-se em um ciclo de ansiedade silenciosa. Algumas mães, especialmente no pós-parto, enfrentam quadros de tristeza intensa ou depressão, muitas vezes ignorados por vergonha ou desinformação.

Reconhecer esses sentimentos é o primeiro passo para buscar apoio. Grupos de conversa, rede familiar, escuta ativa de parceiros(as) e acesso a profissionais de saúde mental fazem toda a diferença na construção de uma maternidade mais leve. Além disso, é importante reforçar que errar faz parte do processo, e que a busca pelo equilíbrio é mais realista — e saudável — do que a tentativa constante de alcançar uma perfeição inexistente.

As escolas também podem contribuir com esse processo ao manter uma escuta sensível e empática em relação às famílias. Quando a mãe sente que pode confiar na instituição que acolhe seu filho, parte do medo se dissolve. Isso se reflete no bem-estar da criança e na qualidade da convivência familiar.

Para saber mais sobre dores que as mães sentem, visite https://leiturinha.com.br/blog/mommy-burnout-o-esgotamento-de-maes-sobrecarregadas/ e https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/os-cuidados-com-a-saude-mental-das-maes-precisam-acontecer-desde-a-gestacao/

 


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