09/05/2025
Pedir para sentar mais perto da lousa, franzir a testa para enxergar longe ou assistir TV colado à tela são comportamentos comuns entre crianças que estão desenvolvendo miopia. Essa condição, cada vez mais presente na infância, afeta diretamente o rendimento escolar e a qualidade de vida, mas pode ser controlada se identificada precocemente.
A miopia ocorre quando o formato do olho é mais alongado do que o normal, o que faz com que as imagens de objetos distantes fiquem desfocadas. O problema tem origem genética, mas os hábitos modernos — como o uso excessivo de telas e a falta de atividades ao ar livre — têm influenciado diretamente o aumento dos casos entre crianças.
Outros sintomas que devem acender o alerta são dores de cabeça frequentes, olhos vermelhos ou lacrimejantes, necessidade constante de esfregar os olhos e dificuldade para manter o foco em atividades visuais à distância. Em casos assim, o primeiro passo é marcar uma consulta com um oftalmologista, mesmo que a criança ainda esteja na primeira infância.
“A identificação precoce da miopia pode evitar prejuízos no processo de aprendizagem e proporcionar mais conforto no dia a dia”, afirma Fábio Augusto de Oliveira e Silva, diretor geral do Colégio Anglo Itu.
A recomendação dos especialistas é que toda criança passe por exames oftalmológicos ao menos uma vez por ano. O diagnóstico é simples, rápido e indolor, e pode ser feito mesmo em crianças que ainda não conseguem relatar com clareza o que estão sentindo.
Um fator preocupante é o tempo cada vez maior que os pequenos passam em ambientes internos, voltados para telas. Embora ainda não se saiba exatamente se as telas causam miopia, há consenso de que favorecem seu agravamento. Por isso, é essencial controlar o tempo de uso de dispositivos eletrônicos, garantir pausas visuais regulares e estimular brincadeiras ao ar livre.
A luz solar, mesmo indireta, tem papel protetor contra a progressão da miopia. A exposição natural ajuda a regular o crescimento do globo ocular por meio da liberação de dopamina, um neurotransmissor fundamental nesse processo. Atividades externas, como esportes e passeios em parques, são medidas simples, mas eficazes para proteger a visão infantil.
No ambiente escolar, os professores também exercem papel importante. Muitas vezes, são eles os primeiros a perceber que o aluno está com dificuldade para enxergar o que está escrito no quadro. Sinalizar essas observações aos pais, assim como promover adaptações em sala, pode fazer toda a diferença no bem-estar e no aproveitamento escolar da criança.
Com o diagnóstico feito, o tratamento costuma incluir óculos, lentes de contato ou, em casos mais específicos, o uso de colírios e lentes ortoceratológicas. Embora a miopia não tenha cura, seu avanço pode ser controlado com acompanhamento adequado e mudanças simples na rotina. Para saber mais sobre miopia, visite https://drauziovarella.uol.com.br/oftalmologia/cresce-o-numero-de-criancas-com-miopia/ e https://pequenoprincipe.org.br/noticia/diagnostico-precoce-da-miopia-favorece-saude-ocular/